quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mó viagem!

Mariana, minha irmã nasceu em 1993. Eu, com 12 anos nas costas, era mais babão que meu pai em cima daquela menininha pequenininha com cachinhos loirinhos.

E nessa época uma novela me marcou justamente por conta da minha irmã. No tema de abertura de A Viagem, cantada por ninguém mais, ninguém menos que Roupa Nova, minha irmã, com então 1 aninho, entrava em transe. Dançava em frente à televisão de olhos fechados. Era atração da casa. Tivemos até que pedir a filmadora que pesava uma tonelada, do meu tio, emprestada, pra gravar aquele momento único. Aliás, preciso dar um jeito de digitalizar isso.

A Viagem foi uma novela baseada no espiritismo. Bem na época que minha mãe tava viciada nisso, lendo Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. Era todo dia minha mãe querendo ensinar ou contar sobre os livros espíritas dela pra um garoto de 12 anos de idade. Um porre total, mas fazer o quê? Eu era a pessoa mais acessível sempre. Estudava na parte da manhã.

Guilherme Fontes, que nessa época ainda não dirigia filmes e não metia a mão na verba de leis de incentivo, fazia Alexandre, um ladrãozinho que foi pego em flagrante, irmão de Diná, interpretada por Cristiane Torloni, que já era véia desde essa época. Bruno Mezenga Otávio Jordão (Antônio Fagundes), um advogado fodão, bota Alexandre na cadeia, que se suicida jurando vingança a todos que o prejudicaram. A partir daí, a trama segue com o espírito do suicidado passando por poucas e boas num lugar infernal chamado criativamente de “Vale dos Suicidas”, e assombrando/controlando as vidas do núcleo bonzinho da novela.

Entre centenas de sessões espíritas, olhares diabólicos, gente no corpo de um outro, que tenta prejudicar outro, alho, água benta e orações, a novela chega ao fim com todo mundo bonzinho, feliz, e saltitante num gramado bonito e florido.

Aqui segue um trecho da novela, onde Alexandre entra no corpo (ui!) do Téo, namorado atual da sua ex-namorada Lisa, e tenta mata-la.



OBS1: Eu acho que essa cena fez mal pro Maurício Mattar. Depois dela que ele começou a querer virar cantor.

OBS2: Eu era louco pela Andréa Beltrão nessa época. Ave Maria!

sábado, 18 de abril de 2009

Trashcast #3





TrashCast número 3 é um especial sobre novelas. São vários hits e um convidado especial

1. Qualé a música?
2. Nphase - Kiss and say good bye
3. Gipsy Kings - La rumba de Nicola
4. Adriana Ribeiro - Estação São Paulo

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Molhado, molhado, molhado



Lembram do Wet wet wet?

Essa música aí, Goodnight girl, fazia parte da trilha sonora de Quatro x Quatro, de 1994. Um verdadeiro clássico, que posteriormente será dissecado dignamente pelo Trash 90.

Porém o grande sucesso internacional dessa banda escocesa foi "Love is All around", eternizado no filme Quatro casamentos e um funeral, onde Hugh Grant já fazia o papel de sempre: Hugh Grant.

* Esse vídeo deles é do ano passado. Pelo jeito continuam em boa forma, apenas longe dos spots da fama e das trilhas de novela da Globo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Legal?


Às vezes olho para trás e parece que os anos 90 estão muito mais longe do que parecem.

Pense bem, nessa época a Regina Casé não gorda e nem chata, nem mesmo era tema de enredo escola de samba.

Na verdade era uma mulher bem pra frente de seu tempo que apresentava programas bem legais e um tanto quanto inovadores. Um deles era o Programa Legal, do qual também fazia parte o Luiz Fernando Guimarães.

Ele estreou no comecinho dos anos 90, em 1991, e era um misto de Globo Repórter com humor. Ou seja, as pessoas realmente aprendiam coisas novas com aquelas piadas. Cada programa era sobre um tema específico como metaleiros, brega, Miami, a preguiça do bahiano, a rivalidade entre Rio e São Paulo e coisas do tipo. Cenários e esquetes temáticos eram intercalados com entrevistas e uma reportagem. Por mais que fosse humor, o programa foi idealizado por Regina e o antropólogo Hermano Viana.

Em 1992 inclusive, Regina Casé recebeu o máximo galardão de um ser na Terra. Seu Programa Legal foi o vencedor na categoria humor do emblemático Troféu Imprensa e ela recebeu o prêmio das mãos do nosso grande Senor Abravanel, o Sílvio Santos, que nos anos 90 já tinha uns 80 anos.

Infelizmente nesse mesmo ano o Programa Legal chegou ao fim, não sei porque, e a decadência de Regina Casé começava.

Regina Casé abraçando um tronco

Fique aí com um bloco do programa em que é feito uma abordagem sobre a rivalidade Rio X SP. Sensacional. Vejam a produção de guerra do começo. E claro, reparem na participação de 3 ícones dos anos 90: Chiquinho Scarpa, Luciana Vendramini e Paulo Ricardo com seus mullets.


* Fiquei de cara quando descobri que o Luiz Fernando Guimarães faz 60 anos em 2009. Já a nossa Regininha Casé tem 55.

* Preste atenção nos créditos iniciais do programa no vídeo e veja quem fazia parte do grupo de roteiristas. Gente do calibre de Jorge Furtado, Marcelo Tas, Pedro Cardoso e Luis Fernando Veríssimo.

sábado, 11 de abril de 2009

Trashcast #2





A segunda edição do Podcast que é um verdadeiro lixo traz o melhor dos anos 90.

1. Música mistério
2. Vinny - Heloisa Mexe a cadeira
3. Bon jovi - This ain't a love song (spanglish mix)
4. ICE MC - Dark Night Rider

sábado, 4 de abril de 2009

Podcast Trash 90 #1

Agora o Trash90 também tem podcast!





Top Surprise


O ano era 1994 e a dance music ainda não era totalmente difundida no Brasil. Alguns sucessos esparsos, um e outro hit, mas nada que dominasse o dial de nossas FM's.

Foi aí que a sempre competente SOM LIVRE lançou um cd revolucionário, que casualmente se transformou em um divisor de águas da música contemporânea. Depois de TOP SURPRISE nada foi o mesmo, as atrações do Faustão mudaria e as trilhas internacionais de novelas também.

O mais interessante do cd era que ele não era totalmente de Dance Music, mas mesmo assim abriu as portas para toda uma generação para aquela música com sintetizadores, batidas repetidas e rappers que cantavam juntos com mocinhas. Analisando faixa a faixa o cd, parece que a Som Livre fez uma aposta para criar duas modas: rappzinho americano ou eurodance. E claro, deu uns tiros pro lado do indie que naquela época ninguém deu atenção.

Sabemos muito bem qual dos dois ritmos ganhou:

1. South - Woot There it easy
Um rap tecnotrônico com vocais pegajosos. Foi tão pop que, com a ajuda da divulgação da Xuxa virou grito de torcida. U dererê!

2. Snoopy Doggy Dogg - Who Am I (What's my name)
Um dos maiores nomes do RAP em crise de identidade. Quem sou eu? Qual é meu nome? Snoopy Doggy Dogg não tem nada de dance mas marcou os anos 90.

3. Mc Saar & The Real Mccoy - Automatic Lover (Call For Love)
Finalmente a primeira música dande do cd, mas de um grupo não tão conhecido que produziu poucos hits comparado às outras bandas dessa década tão musical. The Real Mccoy era da Alemanha, meca do eurodance, e seu maior hit depois desse foi "Run Away". (Run away, run away and say good byeee). Lembra?

4. Salt n´Pepa - Shoop
Top Surprise volta a sua esquizofrênia com uma música R&B meio hip-hop com um dos grupos mais tradicionais dos EUA. Salt n'pepa ganhou Grammys e vendeu mais de 15 milhões de discos em terras ianques, mas não foi um grande sucesso no Brasil.

5. Masterboy - I Got To Give It Up
É disso que o povo gosta. Finalmente! O primeiro grande sucesso é a quinta faixa do cd, por quê? Masterboy foi outro grupo alemão que juntava um rapper e uma tiazona cantando, nesse caso uma que se chamava Trixi. I got to give it up foi sucesso instantâneo, transformando-se em música de academia perfeita para fazer STEP e enrijecer os glúteos.

6. Double You - Drive
Um monstro dos anos 90. Mais do que nunca! A história do Double You se confunde com a nossa. Essa banda italiana que não fazia sucesso igual em nenhuma parte do mundo, só no Brasil. Graças a Som Livre, o Top Surprise e ao cd Quatro por Quatro Internacional. Drive não é a música mais conhecida deles, mas apresenta uma qualidade única e todos os ingredientes de uma bela canção dance que faria adolescentes dançarem na matiné.

7. All 4 One - So Much In Love
De volta ao R&B. All 4 One era como um Sampa Crew americano. Suas músicas eram tão pegajosas que uma outra música deles, chamada "I swear", foi regravada em português por Leandro e Leonardo como "Eu juro".

8 Bg The Prince of Rap - The Colour of My Dreams
Não sabemos quem é o rei do Rap, mas o príncipe claramente é o BG. Um americano que tem uma história parecida com o Captain Jack. Era do exército e foi mandado para Alemanha, onde começou sua carreira musical. O sucesso aqui no Brasil foi tanto que o Príncipe do Rap se apresentou até no Faustão.


Faustão já interrompia as estrelas desde os anos 90.

9. Ace of Base - The Sign
O que podemos dizer de Ace of Base? Esses suecos foram uma das poucas bandas que conseguiram fazer sucesso com sua dance music nos EUA. The sign chegou ao número 1 da parada americana. Talvez Ace of Base seja a mais bem sucedida banda de eurodance em escala mundial. Foram nada mais de 30 milhões de cd's vendidos.

10 Dr Alban - Look Who's Talking
O nosso doutor explodia mundialmente com esse tema que falava das agruras de ser um popstar. Esse nigeriano que vivia na Suécia canta até hoje, e como você já pode ver no Trash 90, sua última música foi sobre os anos 90 com o grande Haddaway.

11 Undercover - Love Sick
Uma das carreiras meteóricas da música dance da década. Undercover é uma das poucas bandas inglesas do gênero, que em 1992 chegou ao número 2 da parada de seu país com o hit "Baker Street", um cover de uma famosa música de 1978 do cantor Gerry Rafferty. Faustão, que não é bobo nem nada, teve essa prestigiosa banda em seu palco.


Undercover mostra a música e a moda da época.

12 DJ Company - Hey Everybody
A música começa com a cantora dizendo "Como se soletra DJ?". Realmente um grupo que não sabe escrever isso não poderia ter uma carreira promissora. Um sucesso perene, em muito graças ao Top Surprise.

13 Ice Mc - Think About The Way
Se o gênero dance tem um pai, esse nome é Ice MC. O Mestre de Cerimônias gelado inglês, classificado na wikipedia como um rapper de eurodance, já fazia sucesso bem antes de que o ritmo fosse uma febre mundial. Em 1990 seu hit "Cinema", onde ele fica falando dezenas de nomes de atores foi eternizado, sendo um embrião do que o eurodance é hoje. E o cara tinha competência em escolher seus companheiros de banda. Nada menos que Alexias cantava com ele no início da carreira. Think About the Way é puro hit.

14 The Breeders - Cannonball
O que uma banda como o Breeders faz nesse cd? A pessoa que escolheu o repertório ou é desinformada ou é muito irônica. Cannonball, o maior sucesso da banda de Kim Deal não tem nada de dance. De qualquer maneira agradecemos ao Top Surprise por ter apresentado a toda uma geração de adolescentes essa tremenda música.

Com o sucesso do Top Surprise, logo foi lançado o Top Surprise 2, com campanhas massivas de TV e um foco total a dance music. Mesmo que na teoria, a segunda edição fosse muito superior, a que marcou mesmo foi o pioneirismo e a vanguarda da primeira.

1 Scatman John - Scatman (Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop)
2 DJ Bobo - Love is All Around
3 Andrew Sisty - Oh! Carol
4 Nevada - Make My Day
5 2 Brothers on the 4th floor - Let Me Be Free
6 Purple Beat - Don't Stop Till You Get Enough
7 ICE MC - Dark Night Rider
8 Bobby Ross Avila - What's Up - Que Passa
9 Gottsha - You Can Do Magic
10 Jean Michel Dorthan - Guantanamera

sexta-feira, 3 de abril de 2009

We are the world dos anos 90

Poucas pessoas sabem, mas nossos heróis dos anos 90 também eram preocupados com o bem-estar do mundo.

Para isso uniram seus talentos em uma música que trouxesse esperança para o mundo.

Ele fizeram o que ninguém achava possível: salvar o mundo ao som da dance music.

Confira aí "Love Message". Não consegui contabilizar todas as estrelas, mas aparecem Masterboy, os carecas do Right Said Fred, Mr. Presidente, Fun Factoy e E-rotic