sábado, 16 de maio de 2009

Trashcast #4





TrashCast #4 é uma verdadeira apelação de hits
1. Ronaldo e os Impedidos - O nome dela
2. Cravo e Canela - Lá vem o negão
3. Luís Carlos e Eliana de Lima - Volta pra ela

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mó viagem!

Mariana, minha irmã nasceu em 1993. Eu, com 12 anos nas costas, era mais babão que meu pai em cima daquela menininha pequenininha com cachinhos loirinhos.

E nessa época uma novela me marcou justamente por conta da minha irmã. No tema de abertura de A Viagem, cantada por ninguém mais, ninguém menos que Roupa Nova, minha irmã, com então 1 aninho, entrava em transe. Dançava em frente à televisão de olhos fechados. Era atração da casa. Tivemos até que pedir a filmadora que pesava uma tonelada, do meu tio, emprestada, pra gravar aquele momento único. Aliás, preciso dar um jeito de digitalizar isso.

A Viagem foi uma novela baseada no espiritismo. Bem na época que minha mãe tava viciada nisso, lendo Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. Era todo dia minha mãe querendo ensinar ou contar sobre os livros espíritas dela pra um garoto de 12 anos de idade. Um porre total, mas fazer o quê? Eu era a pessoa mais acessível sempre. Estudava na parte da manhã.

Guilherme Fontes, que nessa época ainda não dirigia filmes e não metia a mão na verba de leis de incentivo, fazia Alexandre, um ladrãozinho que foi pego em flagrante, irmão de Diná, interpretada por Cristiane Torloni, que já era véia desde essa época. Bruno Mezenga Otávio Jordão (Antônio Fagundes), um advogado fodão, bota Alexandre na cadeia, que se suicida jurando vingança a todos que o prejudicaram. A partir daí, a trama segue com o espírito do suicidado passando por poucas e boas num lugar infernal chamado criativamente de “Vale dos Suicidas”, e assombrando/controlando as vidas do núcleo bonzinho da novela.

Entre centenas de sessões espíritas, olhares diabólicos, gente no corpo de um outro, que tenta prejudicar outro, alho, água benta e orações, a novela chega ao fim com todo mundo bonzinho, feliz, e saltitante num gramado bonito e florido.

Aqui segue um trecho da novela, onde Alexandre entra no corpo (ui!) do Téo, namorado atual da sua ex-namorada Lisa, e tenta mata-la.



OBS1: Eu acho que essa cena fez mal pro Maurício Mattar. Depois dela que ele começou a querer virar cantor.

OBS2: Eu era louco pela Andréa Beltrão nessa época. Ave Maria!

sábado, 18 de abril de 2009

Trashcast #3





TrashCast número 3 é um especial sobre novelas. São vários hits e um convidado especial

1. Qualé a música?
2. Nphase - Kiss and say good bye
3. Gipsy Kings - La rumba de Nicola
4. Adriana Ribeiro - Estação São Paulo

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Molhado, molhado, molhado



Lembram do Wet wet wet?

Essa música aí, Goodnight girl, fazia parte da trilha sonora de Quatro x Quatro, de 1994. Um verdadeiro clássico, que posteriormente será dissecado dignamente pelo Trash 90.

Porém o grande sucesso internacional dessa banda escocesa foi "Love is All around", eternizado no filme Quatro casamentos e um funeral, onde Hugh Grant já fazia o papel de sempre: Hugh Grant.

* Esse vídeo deles é do ano passado. Pelo jeito continuam em boa forma, apenas longe dos spots da fama e das trilhas de novela da Globo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Legal?


Às vezes olho para trás e parece que os anos 90 estão muito mais longe do que parecem.

Pense bem, nessa época a Regina Casé não gorda e nem chata, nem mesmo era tema de enredo escola de samba.

Na verdade era uma mulher bem pra frente de seu tempo que apresentava programas bem legais e um tanto quanto inovadores. Um deles era o Programa Legal, do qual também fazia parte o Luiz Fernando Guimarães.

Ele estreou no comecinho dos anos 90, em 1991, e era um misto de Globo Repórter com humor. Ou seja, as pessoas realmente aprendiam coisas novas com aquelas piadas. Cada programa era sobre um tema específico como metaleiros, brega, Miami, a preguiça do bahiano, a rivalidade entre Rio e São Paulo e coisas do tipo. Cenários e esquetes temáticos eram intercalados com entrevistas e uma reportagem. Por mais que fosse humor, o programa foi idealizado por Regina e o antropólogo Hermano Viana.

Em 1992 inclusive, Regina Casé recebeu o máximo galardão de um ser na Terra. Seu Programa Legal foi o vencedor na categoria humor do emblemático Troféu Imprensa e ela recebeu o prêmio das mãos do nosso grande Senor Abravanel, o Sílvio Santos, que nos anos 90 já tinha uns 80 anos.

Infelizmente nesse mesmo ano o Programa Legal chegou ao fim, não sei porque, e a decadência de Regina Casé começava.

Regina Casé abraçando um tronco

Fique aí com um bloco do programa em que é feito uma abordagem sobre a rivalidade Rio X SP. Sensacional. Vejam a produção de guerra do começo. E claro, reparem na participação de 3 ícones dos anos 90: Chiquinho Scarpa, Luciana Vendramini e Paulo Ricardo com seus mullets.


* Fiquei de cara quando descobri que o Luiz Fernando Guimarães faz 60 anos em 2009. Já a nossa Regininha Casé tem 55.

* Preste atenção nos créditos iniciais do programa no vídeo e veja quem fazia parte do grupo de roteiristas. Gente do calibre de Jorge Furtado, Marcelo Tas, Pedro Cardoso e Luis Fernando Veríssimo.

sábado, 11 de abril de 2009

Trashcast #2





A segunda edição do Podcast que é um verdadeiro lixo traz o melhor dos anos 90.

1. Música mistério
2. Vinny - Heloisa Mexe a cadeira
3. Bon jovi - This ain't a love song (spanglish mix)
4. ICE MC - Dark Night Rider

sábado, 4 de abril de 2009

Podcast Trash 90 #1

Agora o Trash90 também tem podcast!





Top Surprise


O ano era 1994 e a dance music ainda não era totalmente difundida no Brasil. Alguns sucessos esparsos, um e outro hit, mas nada que dominasse o dial de nossas FM's.

Foi aí que a sempre competente SOM LIVRE lançou um cd revolucionário, que casualmente se transformou em um divisor de águas da música contemporânea. Depois de TOP SURPRISE nada foi o mesmo, as atrações do Faustão mudaria e as trilhas internacionais de novelas também.

O mais interessante do cd era que ele não era totalmente de Dance Music, mas mesmo assim abriu as portas para toda uma generação para aquela música com sintetizadores, batidas repetidas e rappers que cantavam juntos com mocinhas. Analisando faixa a faixa o cd, parece que a Som Livre fez uma aposta para criar duas modas: rappzinho americano ou eurodance. E claro, deu uns tiros pro lado do indie que naquela época ninguém deu atenção.

Sabemos muito bem qual dos dois ritmos ganhou:

1. South - Woot There it easy
Um rap tecnotrônico com vocais pegajosos. Foi tão pop que, com a ajuda da divulgação da Xuxa virou grito de torcida. U dererê!

2. Snoopy Doggy Dogg - Who Am I (What's my name)
Um dos maiores nomes do RAP em crise de identidade. Quem sou eu? Qual é meu nome? Snoopy Doggy Dogg não tem nada de dance mas marcou os anos 90.

3. Mc Saar & The Real Mccoy - Automatic Lover (Call For Love)
Finalmente a primeira música dande do cd, mas de um grupo não tão conhecido que produziu poucos hits comparado às outras bandas dessa década tão musical. The Real Mccoy era da Alemanha, meca do eurodance, e seu maior hit depois desse foi "Run Away". (Run away, run away and say good byeee). Lembra?

4. Salt n´Pepa - Shoop
Top Surprise volta a sua esquizofrênia com uma música R&B meio hip-hop com um dos grupos mais tradicionais dos EUA. Salt n'pepa ganhou Grammys e vendeu mais de 15 milhões de discos em terras ianques, mas não foi um grande sucesso no Brasil.

5. Masterboy - I Got To Give It Up
É disso que o povo gosta. Finalmente! O primeiro grande sucesso é a quinta faixa do cd, por quê? Masterboy foi outro grupo alemão que juntava um rapper e uma tiazona cantando, nesse caso uma que se chamava Trixi. I got to give it up foi sucesso instantâneo, transformando-se em música de academia perfeita para fazer STEP e enrijecer os glúteos.

6. Double You - Drive
Um monstro dos anos 90. Mais do que nunca! A história do Double You se confunde com a nossa. Essa banda italiana que não fazia sucesso igual em nenhuma parte do mundo, só no Brasil. Graças a Som Livre, o Top Surprise e ao cd Quatro por Quatro Internacional. Drive não é a música mais conhecida deles, mas apresenta uma qualidade única e todos os ingredientes de uma bela canção dance que faria adolescentes dançarem na matiné.

7. All 4 One - So Much In Love
De volta ao R&B. All 4 One era como um Sampa Crew americano. Suas músicas eram tão pegajosas que uma outra música deles, chamada "I swear", foi regravada em português por Leandro e Leonardo como "Eu juro".

8 Bg The Prince of Rap - The Colour of My Dreams
Não sabemos quem é o rei do Rap, mas o príncipe claramente é o BG. Um americano que tem uma história parecida com o Captain Jack. Era do exército e foi mandado para Alemanha, onde começou sua carreira musical. O sucesso aqui no Brasil foi tanto que o Príncipe do Rap se apresentou até no Faustão.


Faustão já interrompia as estrelas desde os anos 90.

9. Ace of Base - The Sign
O que podemos dizer de Ace of Base? Esses suecos foram uma das poucas bandas que conseguiram fazer sucesso com sua dance music nos EUA. The sign chegou ao número 1 da parada americana. Talvez Ace of Base seja a mais bem sucedida banda de eurodance em escala mundial. Foram nada mais de 30 milhões de cd's vendidos.

10 Dr Alban - Look Who's Talking
O nosso doutor explodia mundialmente com esse tema que falava das agruras de ser um popstar. Esse nigeriano que vivia na Suécia canta até hoje, e como você já pode ver no Trash 90, sua última música foi sobre os anos 90 com o grande Haddaway.

11 Undercover - Love Sick
Uma das carreiras meteóricas da música dance da década. Undercover é uma das poucas bandas inglesas do gênero, que em 1992 chegou ao número 2 da parada de seu país com o hit "Baker Street", um cover de uma famosa música de 1978 do cantor Gerry Rafferty. Faustão, que não é bobo nem nada, teve essa prestigiosa banda em seu palco.


Undercover mostra a música e a moda da época.

12 DJ Company - Hey Everybody
A música começa com a cantora dizendo "Como se soletra DJ?". Realmente um grupo que não sabe escrever isso não poderia ter uma carreira promissora. Um sucesso perene, em muito graças ao Top Surprise.

13 Ice Mc - Think About The Way
Se o gênero dance tem um pai, esse nome é Ice MC. O Mestre de Cerimônias gelado inglês, classificado na wikipedia como um rapper de eurodance, já fazia sucesso bem antes de que o ritmo fosse uma febre mundial. Em 1990 seu hit "Cinema", onde ele fica falando dezenas de nomes de atores foi eternizado, sendo um embrião do que o eurodance é hoje. E o cara tinha competência em escolher seus companheiros de banda. Nada menos que Alexias cantava com ele no início da carreira. Think About the Way é puro hit.

14 The Breeders - Cannonball
O que uma banda como o Breeders faz nesse cd? A pessoa que escolheu o repertório ou é desinformada ou é muito irônica. Cannonball, o maior sucesso da banda de Kim Deal não tem nada de dance. De qualquer maneira agradecemos ao Top Surprise por ter apresentado a toda uma geração de adolescentes essa tremenda música.

Com o sucesso do Top Surprise, logo foi lançado o Top Surprise 2, com campanhas massivas de TV e um foco total a dance music. Mesmo que na teoria, a segunda edição fosse muito superior, a que marcou mesmo foi o pioneirismo e a vanguarda da primeira.

1 Scatman John - Scatman (Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop)
2 DJ Bobo - Love is All Around
3 Andrew Sisty - Oh! Carol
4 Nevada - Make My Day
5 2 Brothers on the 4th floor - Let Me Be Free
6 Purple Beat - Don't Stop Till You Get Enough
7 ICE MC - Dark Night Rider
8 Bobby Ross Avila - What's Up - Que Passa
9 Gottsha - You Can Do Magic
10 Jean Michel Dorthan - Guantanamera

sexta-feira, 3 de abril de 2009

We are the world dos anos 90

Poucas pessoas sabem, mas nossos heróis dos anos 90 também eram preocupados com o bem-estar do mundo.

Para isso uniram seus talentos em uma música que trouxesse esperança para o mundo.

Ele fizeram o que ninguém achava possível: salvar o mundo ao som da dance music.

Confira aí "Love Message". Não consegui contabilizar todas as estrelas, mas aparecem Masterboy, os carecas do Right Said Fred, Mr. Presidente, Fun Factoy e E-rotic

quinta-feira, 26 de março de 2009

O capitão 90!

Não tinha pra ninguém no quartel!

Contexto histórico-social


O ano era 1995 e a década estava infestada de músicas dance ruins, grupos com letras indecentes como Twenty Fingers e sua música "Don't wanna a short dick man" ou grupos especializados em poperô putaria como o E-rotic, que cantava "Help me Dr. Dick" ou "Fred come to bed".

Como ser cool gritando nas músicas

Um ritmo tão rico musicalmente como o dance estava afundado em sexo e drogas até que chegou um homem que mudou isso. Um negão com cara de tenso, vestido com uma farda, que gritava ordens militares a um batalhão de mulheres seminuas com regatas brancas molhadas que fariam qualquer coisa que ele mandasse. Certamente um dos frontmans mais cools de todo mundo Trash 90. O homem que trouxe ordem e disciplina para o dance tinha um nome: Captain Jack.

O homem por dentro da farda

O mais interessante da história desse Capitão da Dance Music era que ele realmente era militar. Franky Gee nasceu em Cuba, mas cedo emigrou para Miami. Quando era jovem decidiu se alistar no exército americano e foi mandado para a base de Berlim. Lá na Alemanha ele começou a frequentar a náite e se tornou DJ. Anos depois, quando foi chamado de volta à América, Franky deu uma banana para o Tio Sam e decidiu sair do exército e fixar residência em terras germânicas.

Da união de Franky com Liza da Costa, uma cantora de jazz com raízez portuguesas, nasceu o Captain Jack, que em 1996 arrebentou as paradas com seu primeiro cd que contava com hits como "DDR - Dance Dance Revolution", "Drill Instructor" e "Soldier, soldier". Nesse último Captain Jack era mais soft e pegava no timão como capitão de um navio em um clip romântico/dance.

Liza, Franky Gee e o quepe vermelho.

Em 1999, quando a música dance já cambaleava, Liza da Costa abandonou o barco, mas Captain Jack continou firme em seus ideais balísticos, sempre escolhendo vocalistas gostosas, mesmo que nenhuma das posteriores tivessem o carisma de Liza. Nessa fase inclusive ele lançou "Iko Iko", uma música menos dance e mais rítmica que tem um clip sensacional onde ele está numa ilha deserta cheio de moças aborígenes semi-nuas. Captain Jack perde o decoro militar e vai à loucura com as senhoritas.

Também foram muitos os covers, como de A-ha e Europe, além de inovar e colocar a melodia da clássica A Banda de Chico Buarque em um ritmo dance: "Estava a toa na vida, o meu amor me chamou / Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor"

Mesmo longe da fama mundial que adquiriu em 1996, o Capitão dos 90 continuou lançando discos até 2005, quando saiu o Greatest Hits, coroando uma trajetória de muitas batidas e gritos militares.
Nunca houve capitão mais cool

O fim trágico


No dia 17 outubro desse mesmo ano, quando caminhava com seu filho pelas praias em Palma de Majorca, Franky Gee sobre uma hemorragia cerebral e entrou em coma. Cinco dias depois ele faleceu, levando consigo a trajetória de um dos vocalistas mais carismáticos de toda dance music.

A obra-prima: DDR - Dance Dance Revolution
Com esse clip Captain Jack explode mundialmente



O legado do Captain

Com a morte do lead man, a banda Captain Jack ficou 3 anos parada. Em 2008 voltou, porém com outro cara vestindo a eterna farda com o quepe vermelho e com uma onda nada dance, como você pode ver no site oficia:l http://www.captain-jack.com/

Liza da Costa, a primeira vocalista, chegou a incursionar em uma carreira solo lançando uma música chamada Banana Coco, que parece um Mambo Number 5.

Felizmente ela percebeu que era uma bosta e se voltou para o lado maiz jazz, o que foi sua principal influência desde pequena. Atualmente ela canta em português em uma banda de cool brazilian music chamada Hotel Bossa Nova, que já passou por vários países do mundo . É até bem legal. Veja só o myspace deles:

http://www.myspace.com/hotelbossanovamusic

Bônus Track
O clip de Get Up, que mistura Chico Buarque, latinidades e dance music. A vocalista dessa época era a Maloy.

terça-feira, 24 de março de 2009

Alexi Lalas, Superstar

Seria ele uma mistura de Raul Seixas, Ferrugem, Gamarra, Jesus Cristo e Motorhead?

Não, ele não é o Thunderbird. O Capitão Barba Ruiva não foi um cidadão do mar. Ele é Alexi Lalas, o Superstar americano.

Panayotis Alexander Lalas, americano de Michigan, filho de gregos, hoje é presidente do time de David Beckham nos Estados Unidos. O LA Galaxy. Mas muito antes disso, mais por seu visual e sua liderança que por sua técnica, Lalas já era mito.

Lalas foi convocado pela primeira vez à seleção norte-americana em 1990. Chegou a ir para a Copa da Itália, mas não pôde desfilar sua técnica não muito apurada. Já em 94, em seu próprio país, Lalas foi um dos grandes nomes da seleção panço-americana que chegou pela primeira vez as oitavas de final. Lalas foi o responsável por parar Romário. E parou! Seus companheiros que não fizeram o mesmo e não seguraram Bebeto.

Foi assim que o Barba-de-bode chegou ao Padova, time que na época ocupava a primeira divisão do país da macarronada e de falar com as mãos.

Em 96 ele voltou à MLS (Major League Soccer) e por lá ficou, passando por New England Revolution, Metrostars, KC Wizards e por fim, o LA Galaxy, onde hoje ocupa a cadeira mais cara e almofadada.

Os títulos são meros detalhes na carreira de AL. Um Pan-americano (91) pela seleção, uma MLS Cup (’02) e um US Open Cup (’01), pelo Galaxy. Mas engana-se quem pensa que Lalas é só mais um rostinho feio no futebol.

Lalas é Rockstar. Era guitarrista e vocalista de uma banda chamada Gypsies. Chegou até a lançar um álbum solo, chamado Ginger e um single: Goodnight moon, que você confere abaixo.



Roberto Carlos? Pelé?
Rei é Lalas! Alexi Lalas, o Superstar!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Eternamente 90

Eles dominaram o nosso dial, foram presença constante no 7 melhores da Jovem Pan, marcaram época no showbiz, tendo suas músicas cantadas por multidões. Porém o pior aconteceu e eles se foram antes de que revival merecido de seus hits acontecesse.

O Trash 90 está aqui para prestar uma merecida homenagem.

O post de hoje é o primeiro de uma série de homenagens póstumas a figuras emblemáticas da nossa década preferida.

Ele fez do seu defeito seu maior trunfo.


Scatman John nasceu em 1942 na California, batizado de John Paul Larkin. O músico que encataria o mundo em 1995 apresentava problemas na fala desde pequeno. Sua gagueira acabou transformando John numa pessoa inquieta e tímida, mas não o impediu de entrar no mundo da música.

Scatman era pianista e dedicou boa parte da sua vida ao jazz, chegou inclusive a lançar um disco como John Paul Larkin. Em 1986, com a morte de um companheiro de banda, Scatman decidiu largar esse mundo, onde as drogas e a bebida eram parte do seu dia-a-dia.

Mudou-se para Berlim, onde conheceu um produtor de música que resolveu transformar o seu problema no seu maior talento. Nascia aí Scatman, o fenômeno que venderia mais de 6 milhões de discos com seu hit de estréia "I'm a Scatman". A canção foi gravada originalmente como uma espécia de auto-ajuda para os gagos, para que isso os ajudasse a superar as adversidades e nunca desistissem. Talvez porque eu não entendia nada do que ele falava não percebi na época, mas lendo a letra fica bem claro.


Everybody stutter one way or the other
So check out my message to you
As a matter of fact,
don't let nothin' hold you back
If the Scatman can do it, so can you.
Everybody's sayin' that
the Scatman stutters,
But doesn't ever stutter when he sings.
But what you don't know
I', gonna tell you right now
That the stutter and the scat
is the same thing.
Yo, I'm the Scatman!


O segundo cd: 1 milhão de cópas

A figura simpática bigoduda do Scatman foi um tremendo sucesso, inclusive com as crianças não gagas, que apareciam em quase todos seus clips. Logo em seguida veio o hit instântaneo "Scatman's world", além do cover do Queen "The Invisible man" e "Everybody Jam", onde nosso bigode preferido do mundo dance pode mostrar sua paixão pelo jazz. Suas letras sempre pregavam um mundo melhor, cheio de esperança e eram pura diversão.

Depois ainda foram lançados outros dois discos, bem longe do sucesso inicial. O último deles foi em 1999, gravado quando Scatman já mostrava debilidades em sua saúde. Mais tarde ele foi diagnosticado com câncer de pulmão, o que o acabou matando no dia 3 de dezembro de 1999 em Los Angeles. Durante toda sua doença ele manteve a atitude scatpositiva: "O que Deus quiser está bom pra mim. Tive uma ótima vida. Saboreei a beleza".

Scatman John, para sempre em nossos corações.

Aqui o clip de Everybody Jam, onde o nosso Scat passeia numa típica parada de rua americana com crianças, jovens e toda família na maior alegria.


I love the 90's

Senhoras e senhores,

É com muito prazer e com os olhos marejados de emoção que apresento o hino oficial desse blog.

Duas lendas vivas, dois artistas que marcaram uma geração, juntos em uma homenagem que é a prova cabal que os anos 90 estão de volta!

Haddaway, a eterna voz de "What's love, baby don't hurt me", e Dr. Alban, do "It's my life" se uniram em 2008 em uma canção que cita várias músicas dance da época.

O título da canção não poderia ser melhor: "I love the 90's". Fiquem com o clip.



* O que nós conhecemos como dance é chamado de eurodance e até mesmo eutrash. O mais curioso é que muitos ícones desse lendário estilo não eram europeus. Corona é brasileira, Dr. Alban é um nigeriano que vive na Suécia e o Haddaway é de Trinidad & Tobago, mas mora na Alemanha.

Olhe a letra:

It's gonna be new celebration
It's gonna be 90's, yeah
It has to be new invitation
Spread the word around
It's gonna be new celebration
It's gonna be 90's, yeah
It has to be new invitation
Spread the word around
¨
90's, we're gonna celebrate
90's, we're gonna celebrate
90's, we're gonna celebrate
90's, we're gonna celebrate
¨
How many times did you ever recall
The special voices of the 90's show
Forget those faces that we never ???
Cause I Love the 90's
Back to the 90's
Yes, we love the 90's
Rhythm is a dancer, It's my life
I sing hallelujah, what is love
In the middle of the night
All that she wants is pop
Mister ??????, Mister ????????????
Mister Scatman - Ski Ba Bop Ba Dop Bop
Can't touch this!
Mister Scatman, ????, Ski Ba Bop Ba Dop Bop
????????????????
¨
It's gonna be new celebration
It's gonna be 90's, yeah
It has to be new invitation
Spread the word around
¨
60's, just passed by
80's, was last night
90's (What?) we're gonna celebrate
90's (What?) we're gonna celebrate
¨
How many times did you ever recall
The special voices of the 90's show
Forget those faces that we never ???
Cause I Love the 90's
Jump around, jump around, jump around in a slow motion!
Jump around, jump around, jump around in a slow motion!
Jump around, jump around, jump around in a slow motion!
Haddaway and Dr. Alban in a cool colaboration.
¨
It's gonna be new celebration
It's gonna be 90's, yeah
It has to be new invitation
Spread the word around
¨
60's, just passed by
80's, was last night
90's (What?) we're gonna celebrate
90's (What?) we're gonna celebrate

terça-feira, 17 de março de 2009

Zaloom!

Por que está no Trash 90?

Falar em TV dos Anos 90 é falar da TV Cultura, sempre conhecida pelos seus programas educativos. Convenhamos que muitos deles eram um porre, menos um: "O Mundo de Beakman".
Era legal mesmo?

Beakman, com a ajuda do rato Lester e da ajudante Josie, que depois foi mudada para Lisa, fazia experimentos científicos que além de serem divertidos ensinavam muito. Foram nada menos que 6 anos de transmissões!

O apresentador era tão animado que parecia estar sob efeito de drogas pesadas, recebia cartas fictícias como a do Júlio Geográfico que vivia no Arquipélago Perdido, se travestia de personagens históricos ou cientistas famosos, lançava desafios e usava o boboscópio só para provar o seu ponto. E sim, sempre usando a palavra mágica ZALOOM!

No mundo dele quase todos falavam gritando, as cores eram gritantes e os personagens bem excêntricos. Além do mais, Beakman parece ter influenciado o personagem Cosmo Kramer do Seinfeld com a sua proposta capilar e comportamento.

O fenômeno Beakman foi tão grande que ele chegou até ser citado em um episódio da primeira temporada do Arquivo X.

Agradeço a eles até hoje por ter fornecido uma experiência com a qual ganhei um 10 na Feira de Ciência na Oitava série. Mentira. Nem lembro que nota foi, só sei que era uma coisa que tinha Bórax.

E hoje o que eles fazem?

Paul Zaloom, o Beakman, é um verdadeito entertainer. Tem 58 anos e já produziu dois filmes, além de ter rodado os EUA com seu show que mistura bonecos e sátira política.


Mark Ritts, o Lester, emprestou sua voz para um dos filmes animados produzidos pelo seu amigo Paul Zaloom e atualmente é dono de uma produtora. Sempre bom lembrar que ele também é um exímio guitarrista, sabe pilotar aviões e fazer truques de mágica. O cara tem um site oficial, onde você pode mandar uma mensagem.

Cruisin' is made for love...

E por que tem uma foto do filme Duets aqui?


Ahh, isso é só para ilustrar o fato de que o Beakman é irmão desse cara aí, o Huey Lewis. Antes de cantar Cruisin com a Gwyneth Paltrow ele já era bem famos nos anos 80 nos EUA com sua banda Huey Lewis and the News. Em 1983, chegaram primeiro lugar das paradas americanas. E claro, em 1985 eles foram suuuuucesso com a música Power of Love, tema do De Volta pro Futuro 1. Lembra?


Voltando ao assunto.

O mundo de Beakman tem um site oficial. Fique aqui com uma parte de um episódio, em inglês, onde ele explica o peso do ar. Impressão minha ou as vozes dubladas eram muito mais divertidas?

Dance!

Todo mundo conhece a Olga Maria de Souza, certo?
Carioca da gema, ex-funcionária da Caixa Econômica Federal. Tá lembrado?

Bom, nem eu. Até descobrir que dona Olga, hoje uma senhorita quarentona, era Corona. Não a ducha, mas a do The Rhythm of the Night.

This is the rhythm of the night.
Oh night! Oh Yeah!
The rhythm of the night.
This is the rhythm of the night.

Agora qualquer ser humano que passou pela década de noventa, mais precisamente 1993, lembra dessa pérola das pistas de dança e também das pistas de patinação.

O que ninguém desconfiava antes de ela aparecer no Sabadão Sertanejo várias vezes e falando português com o Gugu Liberado Liberato é que aquela negra de quase dois metros de altura, que fazia aquela dancinha com as pernas abrindo e fechando, era brasileira.

Esse único single tocou tanto nas rádios, mas tanto, que não deu espaço para nenhuma música mais da cantora. Aliás...

...POLÊMICA! Relembrando o famoso caso de Milli Vanilli, na época levantaram a hipótese de que Corona simplesmente dublava. Que era outra garota que realmente cantava. Mas nada foi provado, e Maluf está aí, à solta.

Corona foi mais uma dos quiticentos sucessos-de-um-só-hit na década de noventa.

Salve 90's!

segunda-feira, 16 de março de 2009

El Diablo Etcheverry

O Mito

El Diablo Etcheverry é sinônimo de anos 90. Foi ele o grande responsável pela primeira derrota da Seleção Brasileira em um Torneio Eliminatório, na campanha para a Copa 94, aquela do cachorrinho Strike, do "É teeeetra" e da famosa cambalhota do massagista brasileiro Nocaute Jack.
Strike, alguém lembra dele?

Seu gol no jogo contra a Bolívia em La Paz ajudou a instalar uma crise geral no time de Parreira. O time treinado pelo bigodudo Xabier Azkargota entrou para a históra classificando o time para a inesquecível Copa USA 94 e envergonhando toda a nação brasileira por ter perdido um jogo para uma equipe onde o técnico tinha bigode desses e o atacante um espanador no pescoço

Na copa, diz a lenda que Azkargota pedia para os garçons trazerem café só até a metade da xícara, evitando a chafurdação de sua madeixa bucal no líquido quente. Já El Diablo continuou com seu cabelo estilo Oséias, fazendo história. Jogou apenas 3 minutos. Entrou e logo foi expulso após uma agressão no jogo inicial da Copa contra a Alemanha no Estádio Soldier Field em Chicago. O cartão vermelho o deixou suspenso para os próximos 2 jogos, em que El Diablo viu do banco seu time perder também da Espanha e empatar em 1 a 1 com a Coréia do Sul.

Tomou?

Depois disso El Diablo acabou indo para os Estados Unidos, um limbo de jogadores latinos one hit wonder e virou ídolo do Dc United, onde terminou sua carreira. Em 1997, ainda jogando com a 10 boliviana, Etcheverry conseguiu o feito inédito de ser vice-campeão da Copa América. Atualmente ele tenta ser treinador, usando uma equipe da segunda divisão do Equador como Cobaia.

El Diablo convida a todos para visitar seu site oficial
http://www.marcoantonioetcheverry.com/


*Reparem na famosa cambalhota do Nocaute Jack, presente eternamente em nossas memórias, no segundo 6 do vídeo abaixo. Esse vídeo tem tantos momentos, como jogadores comemorando com poli-chinelo (?), que será tema de uma posterior análise no Trash 90. Stay tuned!


domingo, 15 de março de 2009

Trash 90

No post inaugural do Trash 90, gostaria de expressar todo o sentimento dessa década que nos trouxe tanta riqueza musical.

Foram bandas que fizeram história, movendo multidões e hoje ninguém lembra delas. Canções homéricas, hits sensacionais que merecem ser revividos.

A idéia é que falemos só das bandas, mas sim de histórias, contexto econômico social, bizarrices, modinhas, programas de tv, rádio e personalidades da época. Porém, como primeiro post, uma banda que nem na wikipédia está, não tem site e não consegui achar quase nada deles na internet. Ou seja, ostracismo total.

Com vocês, Andrew Sixty na Xuxa totalmente descontrolados e o You Can Dance mostrando o seu valor depois disso. Imperdível, meus caros.

Suas músicas mais conhecidas foram Oh Carol, Do you wanna Dance e Caterina. Esses italianos não tinham nada de estrela, mas mesmo assim conseguiram chegar no Gugu e no Xuxa Hits com versões dance de artistas dos 60, como Beach Boys. Em 1995, eram presença obrigatória em todo 7 Melhores da Jovem Pan, a grande mecenas desse poperô que invadiu nossos ouvidos.

Depois disso, ninguém sabe ninguém viu. Por onde anda o Andrew Sixty?



Atenção para a lista de clássicos do cd:


01 - Oh! Carol (Reggae Mix)
02 - Hound Dog
03 - Be Bop A Lula
04 - Stand By Me
05 - Jailhouse Rock
06 - Tequila
07 - Oh! Carol (Original Mix)
08 - Tutti Frutti
09 - Great Balls Of Fire
10 - Johnny B. Good
11 - Tutti Frutti (12 Mix)
12 - Caterina
13 - Oh! Carol (Bonus Version)

* Se você é daqueles que se pergunta: por onde andará o You Can Dance. Lembramos que o daddy Kall, um dos integrantes dessa trupe cheia de swing, gravou um famoso dueto Amigo Fura Olho, onde interpreta o corno contracenando com outro mito do cancioneiro musical brasileiro, Latino. Além disso, outro membro, o Fly, é figura constante no programa da Ana Maria Braga, onde ensina passos de dança.