segunda-feira, 23 de março de 2009

Eternamente 90

Eles dominaram o nosso dial, foram presença constante no 7 melhores da Jovem Pan, marcaram época no showbiz, tendo suas músicas cantadas por multidões. Porém o pior aconteceu e eles se foram antes de que revival merecido de seus hits acontecesse.

O Trash 90 está aqui para prestar uma merecida homenagem.

O post de hoje é o primeiro de uma série de homenagens póstumas a figuras emblemáticas da nossa década preferida.

Ele fez do seu defeito seu maior trunfo.


Scatman John nasceu em 1942 na California, batizado de John Paul Larkin. O músico que encataria o mundo em 1995 apresentava problemas na fala desde pequeno. Sua gagueira acabou transformando John numa pessoa inquieta e tímida, mas não o impediu de entrar no mundo da música.

Scatman era pianista e dedicou boa parte da sua vida ao jazz, chegou inclusive a lançar um disco como John Paul Larkin. Em 1986, com a morte de um companheiro de banda, Scatman decidiu largar esse mundo, onde as drogas e a bebida eram parte do seu dia-a-dia.

Mudou-se para Berlim, onde conheceu um produtor de música que resolveu transformar o seu problema no seu maior talento. Nascia aí Scatman, o fenômeno que venderia mais de 6 milhões de discos com seu hit de estréia "I'm a Scatman". A canção foi gravada originalmente como uma espécia de auto-ajuda para os gagos, para que isso os ajudasse a superar as adversidades e nunca desistissem. Talvez porque eu não entendia nada do que ele falava não percebi na época, mas lendo a letra fica bem claro.


Everybody stutter one way or the other
So check out my message to you
As a matter of fact,
don't let nothin' hold you back
If the Scatman can do it, so can you.
Everybody's sayin' that
the Scatman stutters,
But doesn't ever stutter when he sings.
But what you don't know
I', gonna tell you right now
That the stutter and the scat
is the same thing.
Yo, I'm the Scatman!


O segundo cd: 1 milhão de cópas

A figura simpática bigoduda do Scatman foi um tremendo sucesso, inclusive com as crianças não gagas, que apareciam em quase todos seus clips. Logo em seguida veio o hit instântaneo "Scatman's world", além do cover do Queen "The Invisible man" e "Everybody Jam", onde nosso bigode preferido do mundo dance pode mostrar sua paixão pelo jazz. Suas letras sempre pregavam um mundo melhor, cheio de esperança e eram pura diversão.

Depois ainda foram lançados outros dois discos, bem longe do sucesso inicial. O último deles foi em 1999, gravado quando Scatman já mostrava debilidades em sua saúde. Mais tarde ele foi diagnosticado com câncer de pulmão, o que o acabou matando no dia 3 de dezembro de 1999 em Los Angeles. Durante toda sua doença ele manteve a atitude scatpositiva: "O que Deus quiser está bom pra mim. Tive uma ótima vida. Saboreei a beleza".

Scatman John, para sempre em nossos corações.

Aqui o clip de Everybody Jam, onde o nosso Scat passeia numa típica parada de rua americana com crianças, jovens e toda família na maior alegria.


Um comentário:

Ronin disse...

Grande Scatman. Ele me lembra aquele tiozinho do Topa-Tudo por $, o Ivo Holanda. Engraçado que mesmo sem conhecer o rosto do sujeito, era possível imaginar que ele era um cabra de idade avantajada.

Scatman
Fatman
Black or withe or brown man.

Rulez.